sexta-feira, 8 de março de 2013

O Brasil no início do Século XX


O Brasil no início do século XX.

No início do século XX, a economia brasileira vivia uma situação de caráter transitório. 

Por um lado, o meio rural ainda representava uma parcela significativa dos contingentes populacionais e da movimentação da economia nacional.
Cena do Filme "Jeca Tatu".

 Por outro, os centros urbanos cresciam promovendo a criação de fábricas onde uma classe de trabalhadores ganhava espaço paulatino.  

 Vale do Anhangabaú, Teatro Municipal e Hotel Esplanada, em 1934.
2. Contexto histórico
Durante as duas primeiras décadas do século XX, a vida cultural e artística de nosso país foi marcada pela coexistência de características realistas, naturalistas, parnasianas e simbolistas, num sincretismo de tendências que fez dessa fase uma época de transição em nossa cultura. 
Imagem caricaturada do "Jeca Tatu"


Nas artes, posições conservadoras, tradicionais e passadistas conviveram com atitudes renovadoras, voltadas para a atualização da inteligência artística. 


A problematização da realidade social brasileira, com novos enfoques temáticos, constituiu a principal marca da literatura brasileira do período, chamado pela crítica de Pré-Modernismo, a qual se desenvolveu num contexto em que se destacam os seguintes fatores:
  • 1894 a 1930: "Primeira República" ou "República Velha" - hegemonia dos proprietários rurais de São Paulo e Minas Gerais - "política do café com leite";
  • "política dos governadores" - decisões econômicas e políticas do país;
  • classe dominante - cafeicultores, latifundiários, secundados por uma burguesia industrial incipiente, por profissionais liberais e pelo exército;
  • aumento da complexidade social do país - cidades - profissionais liberais, comércio, prestação de serviços, imigrantes europeus e antigos escravos;
  • crescimento da industrialização - aumento da classe operária - sindicatos, movimentos de contestação, greves;
  • diversificação no país:
* São Paulo - centro industrial (greves operárias);


* Rio de Janeiro - capital federal e centro político-cultural (Revolta da Chibata/greve popular contra a vacinação obrigatória contra a febre amarela); 

* Nordeste (NE) e outros estados - economia agrária (engenhos em decadência/ fenômeno do cangaço/fanatismo religioso com padre Cícero, Monge João Maria e Antônio Conselheiro).

A literatura refletiu esse caráter transitório: assim, se de um lado ainda sobrevivia uma literatura de linguagem tradicional, acadêmica, ornamental, repetindo os modelos parnasianos, de outro emergia uma linha progressista, voltada para o presente, que questionava a realidade social do país.

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